domingo, 1 de maio de 2011

A união do Hamas com a Fatah constituem uma ameaça para quem?

Adolpho Lindenberg
Presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
A primeira vista se diria que seria para Israel pela possibilidade do Hamas vir a tornar o controlador do acordo entre as duas facções palestinas. O Hamas controla a Faixa de Gaza e a Fatah a Cisjordânia, mas todos estão lembrados que o Hamas tomou o poder violentamente em 2007 e daí em diante passou não só a hostilizar de todos os modos possíveis a Israel, como também a se negar a participar de quaisquer tratados de paz propostos pelos norte-americanos. Noutras palavras, enquanto o Fatah simboliza os palestinos dispostos a um acordo honroso com os judeus, o Hamas aponta para o radicalismo e para o fundamentalismo muçulmanos.

E é exatamente nisso que o acordo constitui também uma ameaça para o Ocidente. Na medida em que políticos pertencentes ao movimento dos Irmãos Muçulmanos vão assumindo – democraticamente ou por meio de “revoltas contra as ditaduras” – o governo de vários países, vai-se configurando um gigantesco perigo de uma coligação anti-ocidental e anti-cristã no Oriente Médio.

A coincidência desse acordo na Palestina com as revoltas no Egito, Lybia, Iemen, etc. não vêem reforçar esses receios? Certamente que sim. E o curioso, o sintomático, é que nos países onde a a ditadura é praticada pelos fundamentalistas, as revoltas fracassam. A Síria e o Iran bem o provam. Próximamente vão se realizar eleições no Egito e as sondagens de opinião já indicam uma ampla vitória dos candidatos dos Irmãos Muçulmanos. Na Turquia se desenrola uma verdadeira campanha de desmoralização das forças armadas, as quais são as guardiães dos ideais de Kamal Ataturk de um Estado Laico , ao passo que os líderes religiosos fundamentalistas são continuamente exaltados.

É possível que os Estados Unidos estejem preocupados com esse quadro político, mas a impressão que se tem aponta para uma direção diversa. Para muitos norte-americanos, desde que o governo seja eleito democraticamente, o governo é bom. Seja ele fundamentalista, pregue ele uma “jihad” contra o Ocidente, ameace os vizinhos com bombas atômicas, não importa, se o povo o elegeu, tem que ser elogiado, apoiado, reconhecido.

E assim o fazendo estão dando provas de que esqueceram que Hitler assumiu o poder com mais de 90% dos votos…


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