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| El Wafa, centro de ajuda as vítimas de estupro |
Manjouba, é mais uma vítima de estupro na Mauritânia, no entanto, ela não cogita denunciar o monstro responsável por tal ato, pois ao invés do estuprador, ela que pode acabar na cadeia. Não existe nenhum lei que caracteriza o estupro no país. De acordo com o grupo UN-funded, que cuida das vítimas de estupro, as leis do país ao invés de punir os estupradores, criminalizam as mulheres.
Mahjouba, pediu que não revelassem seu nome real. "Tenho certeza que se eu levanta minha voz, eu que serei criminalizada pela sociedade e pagarei um alto preço pelo resto de minha vida".
Ela ainda acrescentou: "Eu consultei um advogado em segredo, e ele aconselhou a não procurar a justiça, porque isso poderia me levar a cadeia. Eu sei o que aconteceu com outras meninas que decidiram ir aos tribunais e enfrentar a comunidade, suas vidas forma destruídas completamente... para sempre. Então, eu já sei o que aconteceria se eu seguisse esse caminho.".
"Nesta república islâmica não tem lugar para vítimas de estupro como eu."
As leis da Mauritânia são baseadas na lei da Sharia, e o código penal proíbe relações entre ambos os sexos fora do casamento. Isso inclui uma relação consensual entre um namorado e namorada, mas também pode criminalizar uma mulher que é forçada a ter relações sexuais.
Sidi Athman Ould Sidi Salem, especialista em Direito e assessor jurídico do governo, disse: "Se as mulheres estupradas não trazem fortes evidências, o que não é fácil, elas seriam acusados de Zina - uma palavra árabe que significa o sexo fora do casamento - e acabarem na cadeia As vítimas de estupro são sempre acusadas de Zina, o que causa um monte de problemas ".
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Mesmo com a proteção legal, as mulheres vítimas de estupro enfretam ainda um estigma social que é difícil de superar.
Fonte: CNN
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